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Cerca de 300 mil pessoas em fuga no Sudão após combates entre exército e forças paramilitares

Cerca de 300 mil pessoas fugiram nas últimas 72 horas da cidade de Wad Madani, sul do Sudão, devido aos combates entre o exército sudanês e as forças paramilitares de Apoio Rápido, informou a ONU.

Os residentes afetados procuraram refúgio nos estados vizinhos de Sennar, Gedaref, Kassala e Nilo Azul.

Segundo a ONU, os deslocados “têm muito pouco para sobreviver, vivendo a maioria em abrigos improvisados e sem comida”.

O exército sudanês intercetou na sexta-feira um ataque do grupo paramilitar em Wad Madani, considerada uma “zona segura” e área de refúgio para cerca de 1,5 milhão de pessoas deslocadas que fugiram da guerra que dura há oito meses.

As Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) divulgaram um comunicado assegurando aos cidadãos de Wad Madani que os seus ataques eram dirigidos contra o exército e não contra civis.

A ONU anunciou na sexta-feira a suspensão de todas as missões humanitárias no estado de Al Jazira, a sul da capital sudanesa, Cartum, devido aos combates entre o exército e os paramilitares.

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O conflito armado no Sudão eclodiu em abril de 2023 devido às tensões sobre a reforma do exército e a integração dos paramilitares nas forças regulares, no âmbito de um processo político destinado a repor o país numa via democrática após o golpe de Estado de 2021.

A guerra já causou a morte de cerca de 12 mil pessoas, mais de seis milhões de refugiados e deslocados, bem como uma catástrofe humanitária no país.