O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, acusou a polícia de perseguir os membros do partido, após as eleições autárquicas, em que o MDM conquistou a Beira.
“O ambiente político aqui não está bom, os nossos membros estão sendo perseguidos e presos”, denunciou Lutero Simango, presidente do MDM, na Beira, na noite de sábado, pouco depois de o partido ter sido declarado vencedor das eleições autárquicas naquela cidade, capital da província de Sofala.
De acordo com o dirigente, pelo menos 13 membros, incluindo o delegado político no município do Dondo, na mesma província, foram presos “injustamente”.
“Temos membros que não estão a dormir nas suas casas porque há uma perseguição homem a homem”, afirmou Simango.
“E até se for encontrado a vestir camiseta do MDM é preso novamente”, criticou ainda, responsabilizando a Polícia da República de Moçambique (PRM).
Contudo, o líder do MDM manifestou-se preocupado com a situação, após as eleições autárquicas de 11 de Outubro, apontando fraude na contagem da votação na cidade do Dondo, com 24 mil votos a mais a favor da Frelimo, e reclamando vitória com base na contagem paralela a partir dos editais de cada assembleia de voto.
“O mais grave ainda é que a nossa sede distrital do Dondo foi invadida pela PRM sem nenhum mandado judicial. Invadiram a nossa sede, tiraram muitas coisas e isto preocupa-nos. Estamos a fazer as devidas diligências para saber as reais motivações desta ação policial”, denunciou ainda.