O Ministério Público na província de Inhambane pediu ontem, em tribunal, pena de prisão maior para um membro da Polícia da República de Moçambique (PRM) indiciado na prática de crimes de incitação à desobediência colectiva e a uma tentativa de golpe de Estado.
O réu, um membro da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), é acusado de ter veiculado mensagens através da rede social Whatsapp mobilizando outros membros da corporação a rebelarem-se contra os atrasos salariais e ameaçando tirar o Comandante-Chefe (Presidente da República, Filipe Nyusi) da Ponta Vermelha, bem como “paralisar o país”.
“Para que os outros, que usam redes sociais, não difundam mensagens que promovam golpes de Estado, nós pedimos que seja aplicada a pena de 30 anos de prisão maior”, declarou Maurílio de Sousa, magistrado do MP, durante o julgamento do réu no Tribunal Judicial de Inhambane.
Contudo, além da pena máxima, o MP pediu uma indemnização de 500 mil meticais a favor do Estado, argumentando que as autoridades tiveram de se precaver face à ameaça da referida manifestação.