Sociedade HCB já tem aparelho de ressonância magnética para diagnosticar doenças complexas

HCB já tem aparelho de ressonância magnética para diagnosticar doenças complexas

A região Centro do país conta com um aparelho de ressonância magnética, o que irá contribuir para melhorar significativamente a assistência médica e medicamentosa no tratamento de doenças complexas, como tumores cerebrais.

Em medicina, existem os chamados meios auxiliares de diagnóstico, usados pelos profissionais de saúde para fazerem o diagnóstico e saberem de que padece o doente e dar o devido tratamento, tal como a ecografia, RX e TAC. No passado sábado, o HCB passou a contar com o topo destes meios auxiliares, ou seja, já possui um aparelho de ressonância magnética.

“O aparelho vai ajudar-nos a fazer o diagnóstico das doenças mais complexas, que os outros meios de diagnósticos que já possuímos não têm capacidade para o fazer. Por exemplo, os tumores cerebrais são muito difíceis de verificar e, nestes casos, os neurocirurgiões para operar um tumor de cérebro necessitam de muitos detalhes, como o tamanho e profundidade do mesmo e só um aparelho de ressonância magnética pode fornecer estes dados”, explicou Nelson Mucupo, director-geral do Hospital Central da Beira.

Uma vez que não havia aparelho de ressonância magnética fora da capital do país, os doentes do Centro e do Norte viajavam para Maputo, a fim de fazerem o diagnóstico, caso fosse necessário. Só em Sofala, em média, 20 doentes eram transferidos para o HCM.

“Maior parte dos doentes tinha patologias cerebrais, principalmente cancros que, a nível local, não tínhamos como saber o seu grau de disseminação para daí decidirmos se eles podiam ou não ser operados e a solução era mesmo transferir os mesmos para Maputo.”

O aparelho custou cerca de um milhão e quinhentos mil dólares, disponibilizados pelo Governo.

“O Ministério da Saúde tinha programado a aquisição deste aparelho de ressonância magnética para o próximo ano, mas, dado o aumento de doenças de natureza complexa e elevados custos de transferência dos doentes, a compra do mesmo foi acelerado.”

A montagem do aparelho vai demorar cerca de dois meses e contará com técnicos chineses, onde foi adquirido e os especialistas nacionais.

Um aparelho idêntico será adquirido, brevemente, para a província de Nampula, donde passará a servir toda a região Norte.