Internacional Cem jornalistas foram mortos no México desde 2020

Cem jornalistas foram mortos no México desde 2020

Um fotojornalista, que havia sido alvo de ameaças, foi assassinado a tiro na segunda-feira em Tijuana, México, onde 100 jornalistas foram mortos desde 2000, segundo a Comissão de Direitos Humanos daquele país.

Colaborador de várias publicações mexicanas, Margarito Martínez foi morto perto de casa, em Tijuana, cidade junto à fronteira com os Estados Unidos. O fotojornalista era especialista em assuntos policiais.

Martínez, de 49 anos, tinha recebido ameaças, disse a organização não-governamental YoSiSoyPeriodista (“Sou jornalista”), que pediu às autoridades medidas de proteção para os jornalistas.

A Procuradoria-Geral da República mexicana anunciou a abertura de um inquérito, afirmando que “a liberdade de expressão, em todas as suas formas, é um direito fundamental dos cidadãos”.

No estado de Veracruz, no sudeste do México, a Comissão Estadual de Proteção a Jornalistas pediu ao Ministério Público que inicie uma “investigação a crimes contra a liberdade de expressão”, após o alegado homicídio de José Luis Gamboa.

Gamboa não tinha no passado sido alvo de agressões ou ameaças e não tinha qualquer dispositivo de segurança, segundo a Comissão Estadual de Proteção a Jornalistas.

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O México é considerado um dos países mais perigosos do mundo para os jornalistas, devido a represálias dos cartéis de drogas que operam em vários dos 32 estados do país.