Depois dos professores e dos profissionais de saúde, a prefeitura de Nova York obrigará policiais, bombeiros e demais trabalhadores municipais a tomar a vacina contra a covid-19, anunciou na quarta-feira (20) o prefeito Bill de Blasio.
Após elogiar o desempenho dos trabalhadores essenciais ao longo de toda a crise sanitária, “é hora de eles mostrarem para sua cidade o caminho para acabar com a pandemia de uma vez por todas”.
Para incentivar a vacinação, o município promete pagar 500 dólares aos que receberem a primeira dose até 29 de outubro. A partir desta data, os relutantes deixarão de receber o salário “até que apresentem o comprovante de vacinação aos superiores hierárquicos”, e podem inclusive perder seus empregos, como já vem acontecendo com professores e profissionais de saúde que recusaram a vacina.
A única exceção à medida é a categoria de vigilantes penitenciários, para os quais a obrigatoriedade foi adiada até 1º de dezembro devido à falta de agentes na prisão de Rikers Island, onde o agravamento das condições de detenção foi denunciado repetidamente nas últimas semanas.
Ao menos 71% dos 160.000 funcionários da cidade afetados pela decisão da prefeitura já receberam pelo menos uma dose da vacina, o que significa que 46.000 pessoas ainda não foram imunizadas.
Até agora, a obrigação afetava apenas algumas profissões mais expostas ao público, como professores e profissionais da saúde. As demais tinham a opção de apresentar um teste negativo a cada semana para poder trabalhar.
Muito afetada pela pandemia em 2020, Nova York já exige o certificado de vacinação para muitas atividades em locais fechados, como restaurantes, cinemas, teatros e academias.
Mais de 34.000 pessoas morreram de covid-19 na cidade de mais de oito milhões de habitantes.
O principal sindicato da polícia nova-iorquina, Police Benevolent Association, já anunciou que vai recorrer da determinação municipal na Justiça.