A Justiça guineense vai investigar a denúncia sobre alegado envenenamento do primeiro-ministro, Nuno Nabiam. O denunciante diz que não ainda foi notificado pelo Ministério Público.
O Ministério Público da Guiné-Bissau anunciou na segunda-feira (14.06) que abriu um processo-crimes obre o alegado envenenamento do primeiro-ministro, Nuno Nabiam. Foi o próprio chefe de Governo que pediu para que assunto seja investigado.
“Penso que as autoridades devem chamar a pessoa que fez este pronunciamento para que se esclareça. É um assunto que se espalhou por todo o mundo”, disse o primeiro-ministro guineense no regresso ao país, na semana passada, após um longo período de ausência no estrangeiro.
O Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, deu instruções à vara crime do Tribunal de Primeira Instância de Bissau para avançar com a investigação das denúncias feitas por Marcelino Intupé, ex-chefe de gabinete de Nabiam.
Convidado a comentar a atualidade política numa rádio privada de Bissau, Intupé, que também é advogado, afirmou que o primeiro-ministro estava ausente do país a receber tratamento médico porque tinha sido envenenado. Garantiu ainda ter provas do que dizia e que estaria disponível para apresentá-las ao Ministério Público.
Na terça-feira (15.06), Intupé disse que está tranquilo: Ainda não recebeu nenhuma notificação do Ministério Público e, por isso, não quer comentar o assunto.
“Prefiro ainda ver o alcance do sentido do comunicado e só depois pronunciar-me. Porque ainda não sei se existe ou não um processo contra mim”, afirmou.