Destaque Itália interdita a vacina AstraZeneca

Itália interdita a vacina AstraZeneca

A Itália decidiu interditar preventivamente um lote da vacina AstraZeneca/ Oxford contra a Covid-19 na quinta-feira (11), associado em alguns países europeus a efeitos secundários graves em pessoas vacinadas.

“No seguimento de informações sobre certas reacções adversas graves (…), a IAAF decidiu por precaução proibir o uso deste lote (da vacina AstraZeneca/Oxford) em todo o país”, refere comunicado divulgado pela Agência Farmacêutica Italiana (AIFA).

A Agência sublinhou o carácter preventivo da medida e que nenhuma relação causal foi estabelecida até o momento entre a administração da vacina AstraZeneca e certas reacções graves observadas em pessoas vacinadas.

A Áustria anunciou no domingo ter interrompido a administração de um lote de vacinas produzidas pelo laboratório anglo-sueco após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a “sérios problemas de coagulação” poucos dias depois de ter recebido a vacina.

Segundo a AIFA, o lote da vacina AstraZeneca interditado em Itália é diferente do suspeito na Áustria, de um milhão de doses, disponibilizado em 17 países.

Estónia, Lituânia, Letónia e Luxemburgo suspenderam depois a vacinação com doses provenientes do mesmo lote, entregue em 17 países e que incluía um milhão de vacinas.

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Na quarta-feira, um inquérito preliminar da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) não identificou qualquer relação entre a vacina deste laboratório e a morte ocorrida na Áustria.

Entretanto, Dinamarca, Islândia e Noruega anunciaram, esta quinta-feira, a suspensão do uso da vacina AstraZeneca.

A suspensão da vacinação com 4.200 doses de AstraZeneca do mesmo lote suspenso na Itália foi também, na quinta-feira, anunciada pela Roménia.

O Governo francês anunciou que vai continuar a administrar a vacina AstraZeneca, apesar de receber menos doses do que seria de esperar.

“Segundo a Agência Nacional de Segurança do Medicamento, que segue as recomendações da Agência Europeia do Medicamento, não há razão para suspender a vacinação com Astrazeneca”, afirmou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em conferência de imprensa.

Os resultados preliminares “sugerem não existir uma relação causal entre a administração desta vacina e estes eventos”, adiantou o Infarmed em comunicado, ao assegurar que, em conjunto com a Agência Europeia do Medicamento, continuará a acompanhar a situação e a actualizar a informação quando necessário.