Sociedade 35 anos de percurso literário e mais três livros de Armando Artur

35 anos de percurso literário e mais três livros de Armando Artur

O poeta Armando Artur comemora 35 anos de percurso literário com a publicação de três livros. Falando do que aí vem em termos de obras, na quinta-feira (18), na cidade de Maputo, o autor aproveitou a ocasião para dizer que a crítica não está a conseguir acompanhar a evolução da produção literária no país.

Em termos de publicação, tudo começou há 35 anos. Não precisa fazer as contas. Foi em 1986 que o poeta Armando Artur estreou-se em livro, intitulado Espelhos dos dias, com capa do seu eterno confrade da Charrua: Ídasse Tembe. Aquela obra literária foi muito importante para o então novo autor, afinal mereceu boa recensão crítica, dando-o aquela lufada de ar fresco como boas-vindas.

Alguns dos poemas que compõem o primeiro livro de Armando Artur, esgotado, foram escritos em 1981 e, para o autor, parece que o tempo não passou. Sobre o livro, a ensaísta Fátima Mendonça escreveu: “Obra de estreia que recupera o lirismo e com ele reabre um dos caminhos possíveis para a literatura moçambicana”.

A fim de celebrar 35 anos de um percurso que, de certo modo, consolida-se com Espelhos dos dias, Armando Artur vai lançar três livros, logo que a situação da crise sanitária permitir. Na verdade, não fosse o Coronavírus, o autor já os teria lançados. Seja como for, o primeiro livro (poesia) será publicado em  Portugal e, depois, em Moçambique.

O segundo, organizado pelo escritor e crítico literário Lucílio Manjate (uma antologia de poesia de Armando Artur) será editado pela Alcance Editores. Por fim, “tenho também um conjunto de recensões literárias sobre algumas obras que me marcaram ao longo do tempo, quase todas publicadas na página online do jornal O País. Decidi reunir esses textos, que aguardam por financiamento, mas vão sair”.