Pelo menos 30 militares do regime sírio morreram na quarta-feira (30), num ataque `jihadista` ao autocarro em que se deslocavam para férias, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), atribuindo o ataque ao grupo extremista autodenominado Estado Islâmico.
“Este é um dos ataques mais mortais desde a queda do califado do Estado Islâmico”, afirmou diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane, à agência France-Presse.
O ataque ocorreu na província de Deir Ezzor, perto da cidade de Choula, segundo Rahmane, tendo os `jihadistas` “emboscado” os militares, detonando bombas na beira da estrada antes de abrir fogo.
Dois outros autocarros, que faziam parte da mesma comitiva, conseguiram escapar, segundo o OSDH.
O Estado Islâmico não reivindicou imediatamente este ataque nos habituais canais do Telegram, mas o diretor do Observatório, que dispõe de uma vasta rede de fontes em todo o país em guerra, apontou os `jihadistas`.
Depois de se proclamar em 2014 um “califado” abrangendo território da Síria e do Iraque, o Estado Islâmico somou derrotas em ambos os países e viu o colapso do seu “califado” em março de 2019, na Síria.
Desde a sua derrota, o Daesh (possível abreviatura árabe do EI) tem realizado ataques mortais regularmente, especialmente no vasto deserto que se estende da província central de Homs até à de Deir Ezzor, na fronteira com o Iraque.
Estes ataques têm como alvo o exército sírio e aliados (em particular as milícias iranianas ou pró-Teerão), bem como as forças curdas, há muito apoiadas por Washington na luta contra o Estado Islâmico.
Em abril, 27 combatentes das forças do regime sírio e aliados foram mortos num ataque nos arredores da cidade deserta de Al-Soukhna, no centro do país, controlada pelo exército sírio.