Carlos Serra, considerado o pai da Sociologia moçambicana, morreu na quarta-feira (25) em Lisboa vítima de cancro, aos 73 anos, anunciou o filho na sua conta do Facebook.
Carlos Serra encontrava-se em Portugal para tratamentos médicos e será cremado naquele país.
Nascido na província de Tete, Centro de Moçambique, Carlos Serra era doutorado em Sociologia pela Escola de Ciências Sociais de Paris e foi investigador e director científico do Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a mais antiga e maior instituição de ensino superior de Moçambique.
Com uma licenciatura em História, foi coautor da série “História de Moçambique”, um conjunto de obras que contém os primeiros livros sobre a História do país escritos após a independência.
Depois dedicou-se à Sociologia, escrevendo várias obras desse ramo, incluindo o livro “Linchamentos em Moçambique”, um dos mais conhecidos por abordar a chamada “justiça pelas próprias mãos” praticada pelas comunidades moçambicanas contra alegados autores de crimes.
As suas cinzas do serão depois transladadas para Moçambique, logo que as condições o permitam, dadas as restrições impostas na sequência da covid-19, referiu o filho.