Destaque Renamo acusa Frelimo de reactivar “esquadrões de morte”

Renamo acusa Frelimo de reactivar “esquadrões de morte”

A Renamo acusou ontem (12) a Frelimo, no poder, de ter “reactivado os esquadrões de morte” para mover acções de violência e perseguição aos membros daquela organização e criar um conflito pós-eleitoral.

“Violando o espírito e a letra do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado no dia 06 de Agosto do presente ano, a Frelimo reactivou os esquadrões de morte”, declarou o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), José Manteigas.

O dirigente, que falava em conferência de imprensa, em Maputo, acusou as forças de defesa e segurança de detenções ilegais de membros da Renamo e tentativas de sequestro de tantos outros.

Os casos, de acordo com Manteigas, registaram-se nas províncias de Sofala, Manica, Zambézia e Tete, Centro do país, entre os dias 16 de Outubro e 11 de Novembro.

“O cenário que aqui apresentamos é simplesmente uma pequena amostra do que está a acontecer depois do dia 15 de Outubro”, afirmou o porta-voz da Renamo, referindo-se às eleições gerais e provinciais que deram a vitória à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

José Manteigas afirmou que, como Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Filipe Nyusi “sabe o que está a acontecer no terreno”.

Manteigas assinalou que, nos últimos anos, vários membros da Renamo foram assassinados por alegados esquadrões de morte.

Por outro lado, o porta-voz da Renamo acusou o Governo da Frelimo de não estar a agir no sentido de travar o “extermínio da população” da província de Cabo Delgado, Norte do país, numa alusão aos ataques armados por grupos desconhecidos.

José Manteigas respondeu apenas a questões relacionadas com a denúncia que fez, recusando tratar de outros assuntos.

Apesar das tentativas, a Lusa ainda não conseguiu ouvir a Frelimo e a polícia moçambicana sobre as acusações feitas pela Renamo.

Lusa