Sociedade Incêndio e vendaval matam e desalojam na Zambézia

Incêndio e vendaval matam e desalojam na Zambézia

Uma criança morreu e pelo menos 100 pessoas encontram-se ao relento devido ao incêndio, agravado pelo vendaval, no distrito de Mocuba, província da Zambézia. Vinte habitações construídas com base em material precário foram reduzidas a cinzas em diferentes postos administrativos.

O incêndio foi originado por queimadas descontroladas, na última semana do mês de Outubro, segundo testemunhas.

Segundo apurou “O País”, no posto administrativo de Namanjavira, o fogo destruiu sete casas e um celeiro de milho, aumentando ainda mais a pobreza das famílias. Muitas delas estão ao relento, sem alimentos e privados de outros bens essenciais à sobrevivência.

Os estragos aconteceram “de repente”, por volta das 13h00 de sexta-feira passada, e não houve tempo para salvar alguma coisa. “O fogo foi intenso”, disse Esteves Adérito, uma das vítimas.

Quem também está em situação difícil é Regina Sentinela. “Eu não sei como tudo ocorreu mas o certo é que perdi tudo e estamos a viver sem condições de miséria”, disse a senhora com o seu bebé ao colo.

No posto administrativo de Mugeba, oito casas foram destruídas, das quais cinco por fogo que partiu de um curto-circuito, duas por queimadas descontroladas e uma por vendaval. Neste último fenómeno, uma criança perdeu a vida ao ser atingida por uma árvore.

Na cidade de Mocuba, duas casas foram transformadas em escombros, também por vendaval, e outras três na localidade de Munhiba.

Os eventos agravaram a pobreza das famílias. “Quer o fogo, quer o vendaval fizeram destruições. As queimadas descontroladas continuam a preocupar e o que vimos desta vez é que precisamos de tomar alguma dianteira no cuidado com o fogo”, disse Arlindo Isaías, delegado do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) do distrito de Mocuba.

Face aos estragos, Pio Matos, membro da Frelimo, e eleito governador da Zambézia, nas eleições de 15 de Outubro, prestou solidariedade às famílias assoladas. Ofereceu diversos produtos, dos quais alimentares e dinheiro. “O que aconteceu” com aquela gente “também pode acontecer com cada um de nós”, disse Matos.

O País