Na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos foi aprovada por maioria na quarta-feira (16) uma moção que condena a retirada das tropas norte-americanas do norte da Síria. Uma reunião logo a seguir com Donald Trump e a presidente da Câmara dos Representantes ficou marcada pela troca de insultos.
Donald Trump tem afirmado que nada tem a ver com a ofensiva de Ancara contra as milícias curdas no nordeste da Síria. Numa conferência de imprensa esta quarta-feira, o Presidente norte-americano declarou que este “não é um problema” dos EUA.
“Se a Turquia entra na Síria, é entre a Turquia e a Síria. Não é um problema nosso”, reiterou.
Contudo, depois de Trump anunciar que ia retirar as tropas norte-americanas da Síria, no início deste mês de Outubro, foram muitas as críticas. A decisão do Presidente dos EUA foi considerada, por muitos, uma traição aos seus aliados.
Num raro momento de união e concordância entre democratas e republicanos na Câmara dos Representantes, foi aprovada uma resolução contra a retirada das tropas norte-americanas da Síria. Os dois partidos manifestaram preocupação quanto à posição do Presidente dos EUA, que consideram que pode promover o ressurgimento do Estado Islâmico, assim como a influência russa na região e o massacre de muitos curdos.
A proposta foi aprovada por larga maioria, com 354 votos a favor e 60 contra, e gerou controvérsia entre os deputados e o Presidente norte-americano. Após a votação, os líderes do Partido Democrata e do Partido Republicano foram convocados para uma reunião na Casa Branca.
Mas o encontro entre Donald Trump e os líderes parlamentares acabou por se tornar num confronto, levando a que alguns democratas abandonassem a sala.
RTP