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Surjan Singh terá recebido 5.7 milhões de dólares no caso dividas ocultas” em Moçambique

O cidadão inglês Surjan Sing, ex-director na instituição financeira internacional Credit Suisse, pode ter recebido, pelo menos, 5,7 milhões de dólares americanos no esquema de lavagem de dinheiro associado às “Dívidas Ocultas” de Moçambique.

Singh assumiu a culpa, semana passada, num tribunal de Brooklyn, Nova Iorque.

Na audiência, Singh admitiu ter recebido “milhões de dólares de comissões ilegais”, mas não especificou o montante que permitiu a sua facilitação do empréstimo do Credit Suisse a Moçambique.

Contudo, o juiz William Francis Kuntz disse-lhe que enfrenta a confiscação de 5,7 milhões de dólares, facto que Singh reconheceu.

O antigo executivo está em liberdade sob fiança e teve permissão para regressar a Londres, onde mora, devendo comparecer ao tribunal sempre que solicitado.

O acordo entre ele e o tribunal está selado.

Singh é o terceiro ex-funcionário do Credit Suisse a aceitar a culpa na lavagem de dinheiro, depois da búlgara Detelina Subeva e do neo-zelandês Andrew Pearse.

Os três, em conluio com Jean Boustani, da empresa naval Prinvivest, de Abu Dabi, e altos funcionários do Governo moçambicano beneficiaram de mais 200 milhões de dólares desviados de empréstimos feitos para alegadamente para a pesca de atum e protecção costeira.

Da parte moçambicana, o acusado mais mediático é Manuel Chang, ex-ministro das Finanças e deputado, detido na África do Sul, a pedido dos Estados Unidos e que aguarda a sua extradição para o Moçambique ou Estados Unidos.

A próxima audição para a decisão da extradição de Chang será a 16 de Outubro.

VOA