Destaque SERNIC detém suposto exímio burlador

SERNIC detém suposto exímio burlador

No arquivo do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC), Mohamed Amiro aparece com 15 passagens pela Polícia em processos na sua maioria relacionados com o crime de burla. É conhecido nos meandros do crime como “Apu”.

A sua detenção no dia 3 do corrente mês aconteceu em Maputo e de seguida encaminhado à província de Nampula, onde terá cometido os últimos casos de burla.

“Tem vindo a praticar vários crimes na cidade de Nampula e a nível nacional. Mas falando só da província de Nampula temos mais de 15 casos de passagem pelo SERNIC e é um individuo que esta no crime há mais de 20 anos”, detalhou Enina Laura, chefe de relações públicas do SERNIC em Nampula.

Uma das vítimas das incursões de Apu foi uma jovem que depois de publicar na internet a fotografia do seu carro de marca Toyota, modelo Ist, com intenção de vender, o indiciado a contactou, simulou uma transferência do valor e levou a viatura. O caso remonta há um ano e meio.

“Simulou a transferência, mandou um tal de sobrinho dele vir levar”, disse a vítima que não quis ser identificada e acrescentou que depois de ter participado o caso à Policia sofreu ameaças de morte da parte de Apu, mas não desistiu e também foi aliciada pela esposa do acusado com 50 mil meticais para retirar a queixa.

“Eu comprei essa viatura. Nunca esteve comigo, passou pelas minhas mãos só”, argumentou Mohamed Amiro e sobre a alteração das características exteriores como pintura e a chapa de inscrição, disse que “não é do meu alcance. A pessoa que alterou não fui eu, nem esta presa, a pessoa que vendeu nem fui eu”.

O carro em causa foi recuperado pela Polícia no distrito de Angoche a mais de 170 km da cidade de Nampula.

Ainda nas celas do SERNIC naquela província estão encarcerados três homens que confessam seu envolvimento nos crimes de assalto na via pública. Numa das ocasiões a vítima foi um juiz que lhe foi roubado o telefone celular.

“Foram os meus amigos que assaltaram aquele juiz e vendemos o telefone a 15 mil meticais”, disse um dos membros do trio e detalhou que usavam uma motorizada para se escapulirem facilmente durante as suas operações criminosas.

O País