Sociedade AMPCM lança manual de boa governação

AMPCM lança manual de boa governação

Em reconhecimento à necessidade de credibilização do movimento cooperativo moçambicano, para que seja baseada em organizações genuínas, a Associação Moçambicana para Promoção do Cooperativismo Moderno (AMPCM), em parceria com a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), lançou esta segunda-feira (13), um manual de boa governação para as Cooperativas Moçambicanas.

Este é o primeiro manual de boa governação no contexto das cooperativas moçambicanas e foi produzido com o objectivo de inspirar o sector cooperativista a replicar as boas práticas, capitalizar as suas experiências no domínio da governação e aplicar os seus princípios no seio das cooperativas existentes ou futuras.

“Trata-se de um instrumento que possui um conjunto de ferramentas que queremos disponilizar à sociedade em geral, mas principalmente às empresas do tipo cooperativa, com vista a trazer ao funcionamento dessas instituições, todos aqueles princípios que se enquadram na nova lei das cooperativas, com ênfase à economia, mas sem descorar dos aspectos sociais relativos à ajuda mútua e ao colectivismo”, explica o director executivo da AMPCM, Engº Amâncio Armando Nguluve e acrescenta

“Quando fazemos a gestão de uma empresa colectiva e ou cooperativa, devemos ter as boas maneiras e as práticas de boa governação em dia”.

Amâncio Nguluve disse ainda que para que tenhamos cooperativas a implementar a boa governação é preciso revesti-la de princípios básicos, destacando a equidade, a transparência, a boa prestação de contas, a comunicação entre os membros cooperativistas. “Acima destes princípios, é preciso relacionar os pilares da boa governação, que são os membros do Conselho de Administração ou Conselho Fiscal”, referiu.

Por seu turno, o representante da DGRV em Moçambique, Antoine Bossel, avançou  que este manual marca a concretização da vontade das duas instituições, que consiste no desenvolvimento de uma ferramenta prática de trabalho que contribua para a adopção dos principais princípios e melhores práticas de governação pelas cooperativas moçambicanas, considerando a realidade e as especificidades sócio-económicas do país.

“Há cerca de dois anos iniciamos as actividades aqui em Moçambique com o forte interesse em apoiar a AMPCM, na medida em que é a primeira e a única associação que engloba e chefia as mais dinâmicas cooperativas moçambicanas, e achamos extremamente importante dar esta ferramenta e outras que ainda estamos a desenvolver, para orientar os membros das cooperativas a actuar de forma transparente e sistemática”, afirmou Bossel referindo igualmente que “constatamos grandes dificuldades no seio das cooperativas, em praticar no dia-à-dia esta transparência, divulgar a informação junto dos seus membros, documentar as suas actividades e fazer relatórios, mas é tudo uma questão cultural”.