Internacional Sequestrador do Rio de Janeiro estava em “surto psicótico”, revelou a mãe

Sequestrador do Rio de Janeiro estava em “surto psicótico”, revelou a mãe

Depois de saberem que o suspeito estava em surto psicótico há dias, o Bope alterou a forma de negociar com o sequestrador e a colaboração de um psicólogo com a operação foi essencial.

Willian Augusto Da Silva, o homem que sequestrou 37 pessoas no interior de um autocarro no Rio de Janeiro, estava em “surto psicótico” há vários dias, revelou a sua mãe, adianta o Metrópoles. O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) recebeu esta informação por parte da mãe do sequestrador, algo que foi fundamental para a forma como conduziram as negociações com Willian.

Como Maurílio Nunes, comandante do Bope, explicou, as negociações passaram a ser tácticas e o acompanhamento de um psicólogo, que estava a colaborar com a operação, foi “muito importante”. “Ele entrevistou as vítimas e os familiares delas”, afirmou.

Numa conferência de imprensa, o comandante do Bope defendeu a decisão de abater o sequestrador, lembrando que, apesar da arma de Willian ser um brinquedo, o homem pendurou várias garrafas com gasolina no autocarro e tinha um isqueiro. “O movimento dele de acender o isqueiro (…) poderia [fazer] deflagrar uma explosão”, sublinhou.

Também Wilson Witzel, governador do Rio de Janeiro, apoiou a acção do Bope e reconheceu que durante as negociações o sequestrador “demonstrou ter uma perturbação mental” e dizia que “queria parar o Estado”.

“A sociedade é vítima de vários criminosos que têm armamento bélico. Se a polícia tiver autorização para fazer o trabalho que tem de fazer, certamente muitas vítimas serão poupadas”, argumentou o governador, que tem sido criticado pelo aumento no número de vítimas mortais na sequência de operações policiais.

Nos primeiros seis meses deste ano registaram-se 881 mortes em operações da polícia brasileira, uma subida de 15% quando comparado com o mesmo período do ano passado. A oposição de Witzel no Estado do Rio de Janeiro refere que entre as vítimas há muitos inocentes.

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