Economia Gastos da Feira Internacional de Maputo podem não ser sustentáveis, dizem analistas

Gastos da Feira Internacional de Maputo podem não ser sustentáveis, dizem analistas

Cerca de 65 milhões de meticais é o valor gasto na organização da quinquagésima quinta edição da Feira Internacional de Maputo-FACIM, que abriu na segunda-feira (26), e os críticos dizem que a verba é muito elevada para um certame que não é definitivo.

A presente edição contará com pelo menos dois mil expositores, 1800 dos quais moçambicanos e os restantes estrangeiros. O número de países confirmados é de 20, entre os quais se destacam Portugal, Alemanha, França, Brasil, Itália, Espanha, China, Índia e África do Sul.

As edições são anuais, e os organizadores dizem que, em média, nos últimos cinco anos, despendem cerca de 65 milhões de meticais por ano, na realização de feiras.

“Em que é gasto esse dinheiro?”, interroga-se o analista Tomás Rondinho, que considera “insignificante” o número de parcerias que durante a feira se estabelecem entre expositores moçambicanos e estrangeiros.

Por seu turno, o jovem economista Anastácio Sitoi diz não perceber porque é que se tem que gastar cerca de 65 milhões de meticais “por uma feira que nem é definitiva”, afirmando não saber até que ponto isso será sustentável.

O director da Facim, Jaime Nicols, diz que “as condições actuais da FACIM não são as desejáveis, e temos o sonho de um dia fazer uma feira definitiva, através de pavilhões multiuso”.

Nicols destacou que “em termos de custos, a nossa feira não é sustentável”, acrescentando que “nos últimos cinco anos, o certame tem nos custado entre 60 e 65 milhões de meticais”.

VOA