Cultura Valter Artístico é o grande vencedor do Vibratoques

Valter Artístico é o grande vencedor do Vibratoques

Mais uma edição do Vibratoques chegou ao fim. A Vodacom laureou oito autores nomeados para nove categorias. O grande vencedor, este ano, é Valter Artístico, menino de George Dimitrov (Benfica) que saiu do anonimato para se revelar como um talento nacional.

A propósito de revelar, um dos prémios conquistados por Válter Artístico, na gala realizada no Hotel Glória, na cidade de Maputo, foi mesmo o de Revelação. O “chefe do quarteirão” deixou para trás concorrentes nomeados como Ayton Sacur e 11 Balas. E parece que foi consensual. Antes de se dizer o nome do vencedor daquela categoria, ouviu-se do auditório, repetidas vezes, gritar-se o nome do grande vencedor desta edição do concurso que premia os autores cujas músicas foram as mais escolhidas como tom de chamada.

Ao subir ao palco, Artístico agradeceu a Deus, à mãe com que esteve no palco, a Vodacom, ao amigo que também acompanhou-lhe ao palco, por ter acreditado nele desde o princípio. “A primeira vez que fui à televisão, Cabicho, este meu amigo, foi quem acompanhou-me ao Xipamanine para comprar roupa. Muito obrigado por confiar em mim desde o princípio”, afirmou Valter Artístico.

Minutos depois de ter ido sentar, o prémio Revelação voltou a ser convidado a ir ao palco. Na altura para receber a segunda distinção: Melhor Artista Masculino. Essa foi a terceira vez do cantor no palco do Vibratoques na noite de ontem, pois antes das distinções, ainda interpretou um dos seus mais afamados temas: “Meu gueto”.

Quanto aos outros laureados, na categoria Afrobeat, o vencedor foi Mauro Flow, na verdade, o primeiro cantor a ter o peso da estatueta nas mãos. Depois seguiu-se Mr. Bow. O autor da “Guilhermina” foi distinguido na categoria Marrabenta. O filho de machangana sorriu como se tivesse sido o primeiro prémio a conquistar na carreira. E ainda disse que reconhecimentos como os de Vibratoques nunca fartam a um criador. Por isso, Bawito está com vigor para carregar quantos mais prémios forem possível. Então podem vir mais, que a Liloca, inclusive, sempre ajuda a carregar os prémios lá para casa. Foi o que se viu. E a fã lá de casa não se fartou de se deixar fotografar com o “maridão”, que a sala do Vibratoques bem convinha para registar o momento com múltiplos flashes. É só foto. Foto. Ardiles tinha razão. Mas essa razão não foi suficiente para que um dos fundadores do Pandza vencesse a categoria com o mesmo nome. A ventura calhou a NP.

Houve mais premiados na terceira edição do Vibratoques. Lay Lizzy conquistou a categoria Hip-Hop; Cláudio Ismael é prémio Tropical; B4L Girls (grupo composto por Dama do Bling, Marllen e Lizha James) ficaram com o prémio de melhor Soul e R&B. Falta uma categoria, a de Melhor Artista Feminino. O prémio pertence a Lizha James, no Chimoio em missão de serviço. O cunhado, Mauro FLow, lá esteve no Glória para receber o prémio da cunhada.

Além das premiações, a terceira gala do Vibratoques da Vodacom teve interpretações de vários autores convidados. Wazimbo abriu a sala com dois temas. Com a afinação de outros tempos, mostrou aos mais novos que quem sabe não esquece, lembra-se.

Wazimbo à parte, no palco do Glória também estiveram Tchakaze, Abuchamo Munhoto, Eurídse Jeque e Tabasily. Rico Biosse proporcionou momentos hilariantes de stand up comedy e a dupla Duas Caras e Rui Michel, ao interpretarem “Charles”, levantaram a audiência como ninguém antes conseguiu fazer.

Para os artistas vencedores desta edição, todos eles, os prémios representam o reconhecimento do trabalho que têm vindo a fazer, o que lhes dá alento para continuarem firmes na caminhada escolhida. E para os organizadores do evento, o sentimento é de missão cumprida, pois, além da adesão do público, a gala correspondeu às expectativas. E agora? “Vamos continuar comprometidos em apoiar os artistas e em promover as suas músicas por via desta plataforma”, afirmou Yotasse Nhumaio, da Vodacom, operadora que já atingiu dois milhões de utilizadores.

O País