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PR Nyusi desvaloriza “The Economist” e garante que Moçambique não é regime autoritário

O Presidente Filipe Nyusi desvalorizou o índice de Democracia elaborado pela “The Economist”, “há algumas pessoas que consideram a Democracia quando ganha aqueles que eles gostariam”, disse em entrevista à RTP África e à RDP África onde enfatizou que Moçambique não é um regime autoritário, “dizerem a um moçambicano que há intimidação acaba não tendo peso”.

Confrontado com o índice de Democracia elaborado pela “The Economist”, que anualmente avalia 167 países, e que colocou em 2018 Moçambique na 115ª posição entre os “regimes autoritários”, depois de no início do seu mandato estar na posição 105 entre os “regimes híbridos”, devido as irregularidades registadas nas Eleições Autárquicas do ano passado o Presidente Nyusi disse à televisão e rádio públicas de Portugal que: “Os estudos são feitos em função da amostra que a pessoa colhe a informação, depende de que amostra foi. Ou então há algumas pessoas que consideram a Democracia quando ganha aqueles que eles gostariam, eu não sei qual era a preferência deles para que ganhasse para se considerar um país mais democrático”.

Diante da clarificação da jornalista que o Índice de Democracia elaborado anualmente pelo “The Economist” tem a ver com as liberdades civis o Chefe de Estado moçambicano reagiu: “Mas o que eu disse é preciso ter em conta, se vocês querem ser transparentes também tem que avaliar qual é a fonte e qual é a amostra que foi feita para se chegar a conclusão que é ou não democrático, e qual o que toma em conta para o grau de classificação”.

Mesmo como as entrevistadoras a tentarem ser objectivas na pergunta o Presidente Filipe Nyusi contra-atacou: “Mas de amostras feitas como estão a fazer as vossas entrevistas isso pode fazer qualquer pessoa, isso eu também gostaria que publicassem isso, não façam editamentos que depois podem cortar o que não vos interessa, isso também não é transparência de democracia”.

“Mas eu quero dizer o seguinte quando fazem essas denuncias ou quando há essas perguntas é preciso perceber um pouco de que lá vêm, qual é a intenção, eu não desconfio, eu estou aberto, falo com todas as pessoas como querem colocar as coisas mas a sua pergunta foi sobre”, questionou Nyusi.

A estratégia de desvalorizar as avaliações mundialmente aceites e de referencia não é uma inovação de Filipe Nyusi, durante o mandato de Armando Guebuza o governo e até mesmo vários medias que se auto-proclamam independentes questionaram os critérios que ditavam o Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas ou mesmo o relatório de Doing Business do Banco Mundial.

@Verdade