Milhares de manifestantes foram às ruas da Colômbia na quinta-feira (25) em dia de greve geral convocada por sindicatos e entidades de classe contra o governo do presidente Iván Duque.
De acordo com o jornal “El Tiempo”, as razões dos protestos são as seguintes:
- Contra reformas trabalhistas e previdenciárias incluídas no Plano Nacional de Desenvolvimento proposto pelo governo Duque (saiba mais abaixo);
- Reivindicação do cumprimento dos acordos fechados entre o governo e os professores, como jornada de trabalho.
Na capital Bogotá, um grupo de encapuzados atirou pedras contra a polícia, que respondeu com bombas de gás lacrimogéneo. Além disso, manifestantes pincharam a Catedral Primada, construída no início do século XIX.
Pelo Twitter, o presidente Duque condenou “os actos de violência e vandalismo” contra a catedral. “Solicito às autoridades avançar rapidamente na identificação e na judicialização dos responsáveis desse ataque, para que se faça justiça”.
A ministra do Interior, Nancy Patricia Gutiérrez, que recentemente negociou com os indígenas que protestavam no sudoeste do país, afirmou que por trás das manifestações há uma estratégia política contra o governo.
“Estamos certos de que isto tem motivações políticas e ideológicas da oposição ao governo; está sendo construída uma estratégia de mobilização social desde o ano passado para gerar a sensação de falta de governabilidade”, disse a ministra segundo a agência France Presse.
Plano Nacional de Desenvolvimento
Os protestos foram marcados a poucos dias da votação do Plano Nacional de Desenvolvimento, uma espécie de roteiro para o governo nos próximos quatro anos. O texto vai para etapa final dos trâmites no Congresso colombiano.
Centrais sindicais e grupos de estudantes, professores, indígenas e agricultores são contrários à proposta apresentada pelo governo.
“Hoje estamos pedindo ao governo que nos escute, que não tente privatizar a educação, a saúde, a previdência. Que se preocupe com o desenvolvimento social”, disse à AFP Camila Bermejo, estudante de sociologia de 20 anos na Universidade Nacional, enquanto caminhava para a Praça Bolívar de Bogotá.
G1