Internacional Terrorista da Nova Zelândia transmitiu massacre em directo

Terrorista da Nova Zelândia transmitiu massacre em directo

Aquele que é apontado como o principal autor dos ataques terrorista desta sexta-feira, na Nova Zelândia é um australiano de 28 anos, chamado Brenton Tarrant. O terrorista filmou o ataque às mesquitas com uma câmara instalada no seu capacete balístico e transmitiu as imagens em directo, através de uma rede social.

As imagens são perturbadoras. Brenton conduz o seu carro ao som de uma marcha militar, com várias armas de calibre de guerra no lugar do pendura.

Estaciona junto à mesquita de Al Noor, em Christchurch, e no vídeo aparece a legenda “Let’s get this party started” (Vamos começar a festa). Brenton vai à mala do carro, onde estão várias armas de guerra, munições e carregadores.

Todas contêm inscrições a branco com nomes de comandantes de batalhas famosas da história ou de terroristas. O terrorista escolhe uma arma e caminha para a mesquita, empunhando uma espingarda automática. Começa a dispara logo à entrada. Durante cerca de seis minutos, atira contra todos os que vê.

Dezenas de corpos vão ficando no chão.  Brenton sai depois da mesquita e continua a disparar. Uma mulher é abatida no passeio.

O terrorista volta a entrar no carro e continua a fazer disparos enquanto conduz. Estava a caminho da segunda mesquita, onde voltou a matar indiscriminadamente.

Publicou manifesto

O homem publicou online um manifesto de 73 páginas em que explica as suas motivações para o ataque. Diz ser “um simples homem branco, de uma família de parcos recursos que decidiu tomar posição para garantir um futuro para a minha gente”.

Escreve que fez o ataque “para reduzir diretamente o rácio de imigrantes para os países europeus”. O primeiro ministro australiano, Scott Morrison, descreve-o como “um extremista de direita” e um “terrorista violento”.

Na sua conta de Twitter, Tarrant tinha no cabeçalho a foto de uma das vítimas do ataque de Nice, em 2016, quando um homem ao volante de um camião matou 84 pessoas.

A vingança deste ataque, da autoria de um extremista islâmico, foi outra das motivações dos disparos. “Quero mostrar ao invasores que as nossas terras nunca serão as terras deles”. Cita como exemplo a seguir um outro terrorista – Anders Behring Breivik, que em 2011 matou 77 pessoas a tiro na Noruega.

CM