Destaque Governo moçambicano ascende para 242 o número de mortos

Governo moçambicano ascende para 242 o número de mortos

O Governo moçambicano aumentou para 242 o número de vítimas mortais devido à passagem do ciclone Idai pela região centro do país na passada quinta-feira (14).

Os números foram actualizados nesta quinta-feira, 21, pelo ministro da Terra e do Ambiente, Celso Correia, quem adiantou ainda que três mil pessoas foram salvas e cerca de 15 mil pessoas ainda precisam ser resgatadas.

Os dados foram também comunicados ao Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla em inglês).

A chefe da região da África Austral daquela estrutura da ONU, Gema Connell, que confirmou os números, adiantou em conferência de imprensa, que no Zimbabwe o mais recente de balanço é de 139 mortos e 189 desaparecidos, enquanto no Malawi os números mantêm-se em 56 mortos e 177 feridos.

O número total de mortos na sequência do ciclone Idai sobe, assim, para 437, segundo balanços provisórios divulgados pelos respectivos governos desde segunda-feira.

Entretanto, a nível regional, o Programa Mundial Alimentar (PAM) das Nações Unidas revelou em Genebra, Suíça, que o ciclone afectou, pelo menos, 2,8 milhões de pessoas.

Números em causa

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, decretou estado de emergência nacional na terça-feira e disse que 350 mil pessoas “estão em situação de risco”, além de ter admitido que o número de mortos pode ascender a mil.

Por outro lado, na Beira, o professor Miguel Jeque, que viu a sua escola destruída, revelou hoje ao programa Washington Fora d’ Horas da VOA um “cenário de catástrofe” na cidade que ficou destruída em cerca de 90 por cento.

“O número de mortos é formal, mas pelo que vemos deve haver no mínimo 500 vítimas”, acrescentou Jeque, adiantando que o segundo hospital da Beira ficou praticamente destruído e que dezenas

A Cruz Vermelha Internacional indicou que pelo menos 400.000 pessoas estão desalojadas na Beira pela passagem do ciclone que terá provocado a maior destruição jamais vista na região.

VOA