Internacional EUA proíbem entrada a 340 venezuelanos

EUA proíbem entrada a 340 venezuelanos

O Governo norte-americano anunciou na quinta-feira que esta semana proibiu a entrada no país de 340 venezuelanos, entre os quais 107 diplomatas ligados ao regime do Presidente venezuelano Nicolás Maduro e respectivos familiares, indicou um porta-voz do Departamento de Estado.

“Desde a passada segunda-feira, 11 de Março, impusemos 340 novas restrições de vistos, 107 das quais incluem antigos diplomatas do ex-Presidente [Maduro] e suas famílias”, disse um dos porta-vozes do Departamento de Estado, Robert Palladino.

Esta ação eleva para 600 o número de vistos revogados pelos Estados Unidos desde finais de 2018, pouco antes de Maduro — a quem Washington se refere como “ex-Presidente” — tomar posse para um segundo mandato presidencial de seis anos e de o líder da oposição, Juan Guaidó, se ter autoproclamado Presidente interino da Venezuela.

Os afectados são “indivíduos corruptos que possibilitaram o roubo de bens da Venezuela para benefício individual”, afirmou Palladino, avisando: “Está a ser considerada a revogação de outros vistos”.

Inquirido pela agência de notícias espanhola Efe, um alto funcionário do Departamento de Estado norte-americano escusou-se a fornecer pormenores sobre se algum dos 340 afectados se encontra em território norte-americano e, portanto, terá agora que abandonar o país.

Para viajar para os Estados Unidos, os venezuelanos têm que pedir um visto especificando o motivo da sua visita, ou seja, se viajam em negócios, turismo ou para receber tratamento médico.

A restrição de vistos é uma forma de sanção que o executivo de Washington costuma aplicar aos funcionários de outros países como castigo pelo seu alegado envolvimento em actos criminosos para os pressionar de uma forma pessoal, ao negar-lhes a eles e aos seus familiares a possibilidade de viajarem para os Estados Unidos.

Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como Presidente interino da Venezuela, a 23 de Janeiro, e, desde então, adoptaram várias medidas para pressionar Maduro a abandonar o poder, entre as quais várias vagas de revogação de vistos e sanções à empresa Petróleos de Venezuela (PDVSA), principal fonte de divisas para Caracas.

Ainda esta quinta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, divulgou um vídeo nas redes sociais garantindo que continuará a trabalhar com o Brasil e a Colômbia para “devolver a democracia” ao país caribenho.

Observador