Destaque Banco Central afirma que dívida pública continua a aumentar

Banco Central afirma que dívida pública continua a aumentar

O Banco de Moçambique alerta que o endividamento público interno continua a aumentar. No mês passado por exemplo, o fluxo da dívida contraída com recurso a Bilhetes do Tesouro, Obrigações do Tesouro e adiantamentos do BM aumentou, em 509 milhões de meticais, passando o saldo para 112.525 milhões de meticais.

Os montantes acima não tomam em consideração outros valores da dívida pública interna, tais como contratos mútuos e de locação financeira, assim como responsabilidades em mora.

Em paralelo, os riscos externos agravaram-se, aumentando os receios de um refreamento do crescimento mundial, em face da continuação da tensão comercial entre as principais economias, com impacto nos fluxos de comércio externo e na volatilidade dos preços internacionais das mercadorias, com destaque para o do petróleo.

Contudo, apesar desse cenário, o Banco Central refere que as condições actuais da economia moçambicana favorecem a projecção de uma inflação baixa e estável, em torno de um dígito, no curto e médio prazo. Diante do actual cenário macroeconómico, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique, reunido hoje, decidiu manter a taxa de juro de política monetária, taxa MIMO que serve de referência para os bancos comerciais, em 14,25%.

O banco decidiu, igualmente, manter as taxas da Facilidade Permanente de Depósitos (FPD) e da Facilidade Permanente de Cedência (FPC) em 11,25% e 17,25%, respectivamente, bem como os coeficientes de Reservas Obrigatórias (RO) para os passivos em moeda nacional e em moeda estrangeira em 14,00% e 27,00%, respectivamente.

A decisão de manter a taxa MIMO é fundamentada pelo facto de as perspectivas de curto e médio prazos continuarem a mostrar que a inflação anual do país, situar-se em um dígito, até ao final do presente ano, tal como em 2018.

Estas perspectivas são sustentadas pelas expectativas de redução do preço do combustível no mercado internacional e de estabilidade de preços nos principais parceiros comerciais de Moçambique, num contexto de contenção da procura agregada.

Entretanto, tendo em conta que os riscos e incertezas subjacentes às projecções da inflação tornaram-se mais proeminentes, o CPMO considera “oportuno manter uma postura de política monetária prudente”.

As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) mantêm-se em níveis confortáveis. O saldo bruto sofreu um desgaste de USD 84,5 milhões, para USD 3.014,3 milhões, registado no dia 8 de Fevereiro de 2019, valor que, ainda assim, permite cobrir sete meses de importação de bens e serviços, excluindo as transacções dos grandes projectos.

O País