A falta de medicamentos nas farmácias públicas na província do Niassa preocupa os pacientes nesta parte do norte de Moçambique.
Agostinho Segundo é um dos que se mostra agastado com a situação e conta o seu caso: “É complicado, imagina, eu sofri esta lesão e o comprimido mais importante [para curar] não existe. Procurei saber lá na farmácia onde posso adquirir o medicamento, mas dizem que não sabem . É tudo muito complicado”.
Lucia Aide é uma das pacientes que precisou comprar medicamentos para tratar da sua filha e conta o drama vivido na farmácia: “Só consegui dois tipos de medicamentos e o resto vou ver se encontro na farmácia privada. Não há medicamento, mas quero salvar a vida da minha filha. Vou tentar vender feijão ou milho para conseguir salvar a vida da milha filha, se não fizer isso acabamos por perder a pessoa.”
José Manuel, o diretor provincial de saúde do Niassa, falando nesta segunda-feira (26) na cidade Lichinga no ato da receção e descarregamento dos medicamentos vindos do depósito regional do norte, disse que a rotura de medicamentos nas farmácias do Niassa se deve à grande procura por parte dos pacientes nas unidades sanitárias.
“Um aspeto que se coloca é a resposta a ser dada à procura. Por essas alturas a febre aumenta de tal forma que o consumo de alguns medicamentos também é maior. Mas atualmente esta situação já está ultrapassada porque acabamos de receber novos stocks“, garante José Manuel.
A província do Niassa recebe medicamentos de três em trêsmeses mas emquantidades insuficientes para responder à procura dos pacientes.
Nenhuma fonte ligada às farmácias no Niassa aceitou falar à DW África.
DW