Destaque CFM acusa MetroBus de não pagar “acess fee” da linha

CFM acusa MetroBus de não pagar “acess fee” da linha

Os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) afirmam não serem responsáveis pelo agravamento das tarifas do MetroBus e acusam a empresa de operar “sem pagar o acess fee” da linha-férrea e circular “sem obediência às normas de segurança”.

Na sequência do anúncio da empresa que gere o sistema integrado de autocarros e automotoras na região metropolitana de Maputo do reajuste das suas tarifas, a partir de Dezembro, dentre vários motivos pela “falta de acesso às linhas férreas” os CFM revelaram que: “Volvido 1 ano, constatámos que a MetroBus está com enormes dificuldades de cumprir com o que foi acordado, designadamente a questão do pagamento pelo uso da Linha (acess fee), bem como e, sobretudo, ao cumprimento das Normas de Sistema de Gestão de Segurança Ferroviária, e outras obrigações contratuais”.

Distanciando-se da promessa do Governo em subsidiar os passageiros da empresa privada os CFM indicam em comunicado enviado ao @Verdade que “tem estado a notificar a MetroBus (sem sucesso), sobre a necessidade de observância dos requisitos de segurança para o transporte ferroviário de passageiros, acto que até ao momento, ainda não o fez, o que nos poderá, a qualquer momento, obrigar a interditar a circulação dos seus comboios”.

“Assim como, em relação à alegada “recusa” do CFM em permitir a colocação da cobertura (canopies) no Cais de embarque nas estações de Beluluane e Daniel, tal não constitui verdade; O CFM solicitou a MetroBus, que fizessem um pedido formal anexando o Projecto das coberturas, onde deveriam constar todos os aspectos de segurança; Não vamos nós permitir a construção de qualquer infraestrutura sem, no mínimo, visualizarmos o projecto, colocando em risco a vida dos utentes”, refere o documento que estamos a citar.

“Não nos parece ético da parte da MetroBus, justificar o aumento de tarifas dos seus comboios atribuindo culpa ao CFM” indica ainda o comunicado.

Confrontada pelo @Verdade a MetroBus esclareceu que: “O processo de negociação sobre a taxa a pagar, vulgo “acess fee”, ainda se encontra a decorrer entre as partes, motivo pelo qual não assumimos qualquer tipo de dívida”.

“Para o nosso Grupo a segurança (safety) vem sempre em primeiro, isso e demonstrado pelos mais de 130 milhões de quilómetros com máxima segurança percorridos desde há 8 anos pelos diferentes serviços de mobilidade do Grupo, para além da segurança dos nossos utentes estar ainda mais em primeiro”, explicou a empresa sobre a alegada falta de obediência às normas de segurança.

Questionado pelo @Verdade se este diferendo poderá afectar o transporte de passageiros a MetroBus disse que: “Esta situação é normal acontecer quando dois modelos de negócio, um inovador e revolucionário na forma da mobilidade das pessoas e, o outro já Centenário se encontram, no entanto em nada irá afectar o transporte de passageiros e no fim do dia as duas Instituições vão encontrar uma forma de entendimento, como tem acontecido sempre até ao momento.

@Verdade