Sociedade Transportes Automobilistas consideram insustentáveis as taxas de portagem da Ponte Maputo-Katembe

Automobilistas consideram insustentáveis as taxas de portagem da Ponte Maputo-Katembe

Automobilistas e trabalhadores de Katembe questionam os valores das Taxas fixadas para a ponde Maputo – Katembe e Estradas de Ligação.

Esperança Severino, automobilista e moradora do Distrito municipal de Katembe, considera que a ponte veio para beneficiar os turistas, pois, o seu salário não é compatível aos 160 meticais relativos aos veículos de Classe 1, que são automóveis ligeiros de transporte de passageiros.

“O que tem na Katembe que dá dinheiro? Não tem mais nada além do mar, deveria se reavaliar… essa ponte é nossa, veio para ficar, não estamos a emprestar é nossa”, retrucou Severino.

Francisco Nunes, também automobilista de Katembe e faz travessias frequentes, mostrou-se incrédulo em relação as taxas sociais que dão desconto para utilizadores frequentes da via. “ Já ouvi muita coisa sobre isso, só vou acreditar quando começar a funcionar”, acrescentou.

Em reacção as reclamações, o PCA da Empresa de Desenvolvimento Maputo Sul, Silva Magaia explicou que as taxas foram definidas tendo em consideração a renda dos utentes. Entretanto, disse ainda que as queixas resultam da falta de informação e desconhecimento do real valor da infra-estrutura.

Relativamente aos descontos para os utilizadores frequentes, os valores a pagar por cada viagem irão variar entre 64 e 148 meticais.

“Os descontos vão variar de 7% a 60% em função de número de vezes que viatura passar por mês. Quem atravessar no mínimo 10 vezes por mês terá o desconto de 7%. Quem fizer 40 viagens por mês, vai pagar 107 meticais por travessia. Quem ultrapassar e estiver entre 40 e 50 viagens por mês, vai pagar 86 meticais  por cada viagem. O ponto mais alto são os que ultrapassam 60 viagens, estes pagam 64 por viagem”, explicou Magaia.

O governo espera que diariamente atravessem a portagem da Ponte Maputo – KaTembe mais de quatro mil viaturas, contra cerca de 200 viaturas que actualmente atravessam a baía usando o ferryboat.

O País