Destaque Protestos contra embaixada dos EUA em Jerusalém já fazem derramar sangue

Protestos contra embaixada dos EUA em Jerusalém já fazem derramar sangue

Vários palestinianos morreram e mais de 500 ficaram feridos em protestos junto à fronteira com Gaza contra a transferência da embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém. O número de vítimas mortais cifrar-se-á em mais de 30.

Na sequência de protestos contra a transferência da embaixada dos EUA em Jerusalém, cuja inauguração tem hoje lugar, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano em Gaza, Anas Qudieh, há pelo menos 16 mortos a lamentar. No entanto, avançam algumas agências noticiosas que o número de vítimas mortais poderá ascender a mais de 30, sendo ainda que mais de 500 pessoas terão ficado feridas.

Entretanto, o mais recente balanço oficial vem a confirmar a escalada do número de mortos para 37.

Milhares de palestinianos reuniram-se hoje em vários pontos da fronteira e pequenos grupos tentaram aproximar-se das barreiras de segurança que estão fortemente vigiadas pelo exército.

Segundo a agência espanhola EFE, as forças israelitas, que haviam alertado a população para não se aproximarem da linha divisória, dispararam gás lacrimogéneo contra os manifestantes para impedir que eles se aproximassem do portão de segurança.

O Exército israelita espera que dezenas de milhares de palestinianos participem nos protestos contra a transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém.

Em panfletos lançados por caças, o exército israelita avisa que “actuará contra qualquer tentativa de danificar a vedação de segurança ou atacar soldados ou civis israelitas”.

Na terça-feira, os palestinianos assinalam o ‘Nakba’ (desastre, em árabe), que designa o êxodo palestiniano em 1948, quando pelo menos 711.000 árabes palestinianos, segundo dados da ONU, fugiram ou foram expulsos das suas casas, antes e após a fundação do Estado israelita.

As reacções têm vindo a suceder-se. Se, por um lado, a ONU deixou um apelo para que cesse o uso de força desmedida sobre os palestinianos, a Liga Árabe, por seu turno, fez saber que se irá reunir de emergência.

Já Donald Trump optou por enfatizar que a transferência da embaixada dos EUA para Jerusalém configura um grande dia para Israel.

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