Sociedade LAM diz não ter dívidas com fornecedora de combustíveis mas reconhece dificuldades

LAM diz não ter dívidas com fornecedora de combustíveis mas reconhece dificuldades

As Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), estão a sofrer, desde a semana passada, diversos cancelamentos e atrasos, devido à falta de combustível para aviões em diversas cidades moçambicanas.

A empresa pública nega em comunicado distribuído nesta terça-feira, 6, que esteja em causa uma dívida de três milhões de dólares à British Petroleum e afirma que está a recorrer a outros fornecedores que exigem o pré-pagamento, mecanismo considerado insustentável pela própria companhia.

A LAM, esclarece que devido a rupturas de stock de combustível por parte da British Petroleum (BP) a actividade da companhia está condicionada, pelo que os voos entre Nampula, Tete e Joanesburgo poderão sofrer atrasos e reprogramação.

No mesmo comunicado, a LAM desmente notícias que circularam no país dando conta de uma eventual dívida de três milhões de dólares americanos para com a BP e como resultado terá supostamente interrompido o abastecimento de aeronaves.

Para minimizar a situação, a LAM diz estar a fazer abastecimentos pré-pagos com a Puma Energy, uma situação que a empresa considera insustentável na gestão de qualquer companhia aérea, tendo em conta o volume de consumo diário de combustível em causa.

Para o analista Egidio Placido, esta é uma situação que se arrasta há muito tempo, tendo em conta a situação económico-financeira da companhia.

“Há dois três anos, a LAM teve de facto uma dívida com a petrolífera BP e nessa altura a BP disse que iria cortar o fornecimento de combustíveis, no entanto depois de uma conversa entre estas duas empresas a LAM conseguiu saldar a dívida que tinha e a partir de 2017 tem uma linha de crédito avaliada em 500 mil dólares para que a LAM possa abastecer as suas aeronaves”, disse Egidio Plácido.

Plácido avança saídas para esta situação da LAM.

“O Estado em si não tem capacidade para ter a LAM a ser uma Empresa sustentável, é preciso encontrar parceiros, é preciso privatizar a instituição, mas isto tem que ser feito com critérios, é preciso que se encontre uma empresa séria, sabemos que tem aparecido algumas empresas interessadas em aliar-se a LAM, mas não há passos firmes, não apresentam capital suficiente para que a empresa possa continuar a desempenhar as suas funções”, concluiu aquele analista.

VOA