Os professores acusados de assédio sexual de alunas na Escola Secundária Eduardo Mondlane, em Maputo, estão a ser transferidos para outros estabelecimentos de ensino, depois de terem cumprido os dois meses de suspensão.
As 83 alunas que submeteram queixa encontram-se, deste modo, livres de possíveis represálias dos docentes, que a princípio tinham que voltar a ensinar-lhes.
Segundo Josina Muchanga, chefe do Departamento dos Recursos Humanos da Direcção Distrital de Educação de KaMavota, a expectativa é que os professores aproveitem a oportunidade para se arrependerem e que não voltem a cometer os mesmos erros, sob pena de expulsão.
Uma vez anunciada a transferência, um dos docentes envolvidos ainda tentou contestar junto da direcção distrital, que o terá dito que não havia mais nada a fazer senão acatar as ordens superiores.
“O professor veio contestar a sua transferência e não foi feliz porque, de acordo com as circunstâncias, pode ser colocado onde a direcção distrital achar. Estando envolvido num caso como este, não tem campo de manobra”, disse por seu turno Lucrécia Macamo, directora distrital.
São professores das disciplinas de Inglês, Física, Matemática e Química, de ambos ciclos, envolvidos em casos de assédio. Um dos docentes foi afecto à Escola Secundária Solidariedade, no bairro de Mavalane, e outrono Triunfo. Os outros ainda aguardam pela colocação.
“Ainda estamos à espera do relatório final da Inspecção da cidade. O mesmo vem acompanhado das medidas a serem tomadas, de acordo com cada caso. Ainda não podemos avançar com o futuro destes professores, mas o que posso dizer é que eles devem aproveitar a oportunidade para mudarem de comportamento, para o seu próprio bem”, disse Muchanga.
Jornal Notícias