Sociedade INAE adverte padarias que operam ilegalmente à noite

INAE adverte padarias que operam ilegalmente à noite

A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) advertiu, algumas padarias que continuam a operar clandestinamente na calada da noite, em Maputo, apesar da persistência das irregularidades que ditaram a sua suspensão.

A Directora Nacional das Operações da Indústria e Comércio, Virgínia Muianga, diz que o facto foi apurado durante uma operação nocturna multissectorial desencadeada pelo INAE, em parceria com o Ministério da Cultura e Turismo e Polícia da República de Moçambique (PRM).

Por isso, Muianga adverte os prevaricadores que a instituição que dirige será implacável contra os estabelecimentos que infringem as normas e que vai manter o trabalho nocturno para desencorajar qualquer actividade irregular.

Já encontrámos duas padarias que encerramos e não reagiram ao encerramento porque optam por trabalhar à noite e isso é uma desobediência”, disse, para de seguida acrescentar “trabalham à noite e entregam o pão de dia e pensam que a Inspecção só trabalha de dia. Nós trabalhamos à noite, também, para acautelar essas situações”.

Nas últimas duas semanas a INAE fiscalizou em todo o país 699 estabelecimentos comerciais que culminaram com encerramento de um.

Na ocasião, Muianga chamou à atenção sobre aquilo que considera de resistência à mudança, sobretudo no que concerne à falta de higiene e saúde nos estabelecimentos da indústria e comércio.
Já fizemos muito trabalho que já não se justifica continuarmos a encontrar problemas de insectos, ratazanas e falta de higiene nas áreas de produção dos alimentos”, sublinhou.

Durante o período em análise a INAE também confiscou vários produtos alimentares fora do prazo, avaliados em 56.214 meticais.

Muianga aproveitou a oportunidade para denunciar a presença de menores em alguns estabelecimentos de diversão nocturna, tendo, por isso, lançado um forte apelo aos proprietários das discotecas visadas para deixarem de usar menores como fonte de receita.

Começamos a trabalhar também nas discotecas com maior intensidade. O objectivo é controlar a lotação, observar os acessos de emergência e constatámos que persiste o problema dos menores nas discotecas”, referiu, para depois salientar que este trabalho também é da competência do Município de Maputo e da PRM.

Jornal Notícias