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Dívida do Hospital Central da Beira atinge cerca de 80 milhões de meticais

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Ao que tudo indica, a dívida que até supera o orçamento do HCB neste ano, estimado em 38 milhões de meticais na componente de bens e serviços, foi contraída gradualmente para atender as necessidades do hospital nas áreas de abastecimento de água, energia e arrendamento de casas para os médicos.

O director do Hospital Central da Beira, Nelson Mucopo disse, em entrevista ao “Diário de Moçambique”,  que a situação já está a mexer com a vida da instituição, uma vez que actualmente algumas empresas já não aceitam prover serviços sem antes liquidar total ou parcialmente o valor que está em dívida.

Devo-lhe dizer com toda franqueza, que nem sempre o orçamento que recebemos anualmente dá para pagar tudo, daí que recorremos a dívidas. Por exemplo, o orçamento deste ano só dá para comprar alimentos para os doentes até ao mês de Junho. Daí até lá, não sei como vamos viver”, disse Mucopo, para quem como forma de continuar a manter a confiança com os fornecedores, a verba existente tem estado a ser utilizada na amortização da dívida.

Neste ano o Hospital Central da Beira recebeu um orçamento na componente de bens e serviços de serviços avaliado em 38 milhões de meticais, valor que, segundo soubemos, cobre apenas 26 por cento das necessidades do hospital.

Gerir os problemas do hospital não tem sido fácil. A gente quando entra aqui sai com a cabeça cheia de preocupações”, disse Mucopo, para depois lançar um apelo aos investidores, sociedade civil e pessoas de boa vontade para olharem para o Hospital Central da Beira como “a casa de todos nós”, daí a necessidade de apoios.

Estamos abertos para receber qualquer apoio. Todas as entidades e individualidades que nos quiserem ajudar serão bem-vindas. Esta é nossa casa, mais dias ou menos dias, qualquer um pode estar aqui. Quem nos quiser apoiar na componente de reabilitação do nosso hospital também estamos abertos, pois queremos um melhor HCB para todos”, alertou.

O HCB foi concebido para funcionar com 600 camas, mas devido à demanda, actualmente acolhe 1020 camas.

Diário de Moçambique