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A maior novidade está na disposição do número de assentos conquistados pela Aliança Democrática, um partido que surpreendeu nestas eleições e corroeu as forças do ANC. Em sete das oito principais cidades sul-africanas, a Aliança Democrática (DA) conseguiu conquistar um número global de 1723 assentos, contra os 5.080 do Congresso Nacional Africano (ANC).
No tocante a conquistas territoriais, dos 213 municípios disputados, o ANC venceu em 161 municípios, enquanto que a Aliança Democrática garantiu sua gestão em 19 municípios:
Partidos têm 20 dias para formar coligação
Os partidos políticos nos municípios metropolitanos e autarquias na Africa do Sul, onde nenhum partido conseguiu ultrapassar a marca de 50% nas eleições autárquicas de Quarta-feira, têm um prazo de duas semanas para formar uma coligação sob pena de verem a sua autoridade assumida pelo governo provincial ou nacional.
Por isso, o ministro para governação cooperativa e assuntos tradicionais Rooyen, advertiu, Sábado, os partidos políticos para que comecem a trabalhar no sentido de estabelecerem rapidamente um governo municipal.
Existem quatro municípios metropolitanos onde nenhum partido conseguiu atingir a maioria simples, nomeadamente Joanesburgo, Tshwane e Ekurhuleni de East Rand, na província de Gauteng, e Nelson Mandela Bay, na província de Eastern Cape.
Existem mais uma dúzia de autarquias, na mesma situação, e que também têm 12 dias para formar uma coligação.
A legislação vigente exige que todos os municípios reúnam-se para eleger um presidente, vice-presidente e presidente da assembleia municipal até às 18h de 20 de Agosto corrente.
Van Rooyen explicou que a Constituição sul-africana contém uma provisão que prevê a intervenção dos governos provinciais e nacionais nos municípios não-funcionais.
No Domingo, a liderança do ANC em Gauteng reuniu-se para decidir sobre medidas que deverá tomar depois que o partido perdeu a maioria em três municípios metropolitanos.
Em Joanesburgo, o ANC conquistou apenas 121 dos 136 assentos necessários para obter a maioria. A Aliança Democrática (DA), o maior partido da oposição conquistou 104 assentos, enquanto o Combatentes para Liberdade Económica (EFF), o segundo maior partido da oposição, assegurou 30 assentos.
O cenário repete-se em Tshwane e Ekurhuleni, onde nem o ANC ou a DA conseguiu a maioria necessária para governar sozinho. Por isso, ambos são obrigados a formar coligações se quiserem governar aqueles municípios.
A grande incógnita é o EFF, de Julius Malema, cujo papel poderá ser determinante na eleição da cúpula nos municípios onde o ANC ou a DA conseguiram conquistar a maioria simples.
Por um lado, Malema afirma que o ANC precisa ser penalizado e, por outro, acusa a DA de continuar a proteger os capitais dos brancos.
Refira-se que o ANC viveu Sábado um revés histórico nas eleições municipais ao perder na capital, Pretória, frente a DA.
O partido também registou um recuo histórico nas restantes regiões do país, perdendo a maioria que detinha nas cidades mais importantes.
Aliás, esta é a primeira vez que o ANC conquista um número tão baixo de votos (53,9 por cento) desde a sua ascensão ao poder, após a queda do regime do apartheid e o advento da democracia em 1994.
O País