Cultura Mia Couto quer uma nação lúcida

Mia Couto quer uma nação lúcida

Em sua primeira oração de sapiência como Doutor Honoris-Causa, Mia Couto mostrou-se preocupado com a deteorização dos valores morais e sociais em Moçambique.

Socorrendo-se das palavras de Graça Machel, quando era Ministra da Edução, “uma história sedutora é melhor que um livro didáctico”, apelo o “uso” da literatura como arma contra o analfabetismo, desinformação, pobreza e desvalorização moral, pois ela “pode travar a imoralidade”, esclarecendo que com histórias, lendas e contos, se pode formar um povo socialmente responsável, consciente e amiga da cultura e educação.

Chama a atenção para a formação qualitativa e não quantitativa de professores: “Professor não é quem da aulas, é quem ensina lições “. Considera que o problema não esta só com os alunos, as universidades também estão envolvidas neste processo, pois estão preocupados em formar apenas doutores no lugar de formar doutores cidadãos, heróis pela coragem –  “[e]stamos preocupados em formar empresário e inovadores, e ao em vez de produzir riquezas produzimos ricos, ao em vez de pesquisas, doutores ‘como eu’.”