Destaque Mais de 1.500 moçambicanos regressam ao país em fuga da xenofobia

Mais de 1.500 moçambicanos regressam ao país em fuga da xenofobia

Mais de 1.500 moçambicanos regressaram ao seu país através de meios próprios devido à crise de violência xenófoba na África do Sul contra estrangeiros africanos, disse nesta terça-feira o porta-voz do Conselho de Ministros de Moçambique, Mouzinho Saíde.

Na sexta-feira, outros 107 moçambicanos chegaram ao centro de trânsito de Boane, na província de Maputo, em dois autocarros fornecidos pelo Governo moçambicano e era esperada hoje outra centena de pessoas em fuga, desta vaga de violência iniciada há duas semanas no país vizinho.

“Esperamos mais 400 cidadãos que devem regressar ao país e estão criadas todas as condições para os receber condignamente e depois encaminhá-los para os seus locais de origem”, afirmou.

O Governo moçambicano enviou na semana passada o seu vice-ministro do Interior, José Coimbra, para a África do Sul, visando o acompanhamento desta nova crise de ataques xenófobos.

Pelo menos três moçambicanos foram assassinados na vaga de violência xenófoba na África do Sul, disse à Lusa fonte da diplomacia de Maputo, alertando que o número de pessoas de regresso ao seu país de origem pode “disparar”.

Desde que os ataques contra estrangeiros eclodiram na África do Sul, há cerca de duas semanas, mais de 600 moçambicanos refugiram-se em centros de acomodação temporária, dos quais 107 regressaram a Moçambique, a maioria já encaminhados para suas zonas de origem.