O chefe da delegação do Governo em sede do diálogo político, José Pacheco, acusou a Renamo de movimentar homens armados nas províncias de Inhambane e Gaza, o que para ele constitui um atropelo do acordo de cessação das hostilidades militares.
Segundo Pacheco, homens armados da Renamo fixaram base no posto administrativo de Zimane, no distrito de Mabote. “Sucede que a partir do dia 7 de Fevereiro uma parte deste grupo movimentou-se e fixou base no distrito de Funhalouro, na província de Inhambane, onde permanecem até este momento”, acusou.
“A Renamo movimentou também os seus homens no dia 26 de Fevereiro do ano em curso no distrito de Chibuto, na província de Gaza. A presença de militares acaba sempre criando mal-estar aos nossos concidadãos e, neste caso específico, estamos perante uma violação dos acordos de cessação de hostilidades militares por parte da Renamo”, acrescentou.
Por sua vez, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, não desmentiu e muito menos aceitou a acusação, tendo apenas salientado que este ponto não foi discutido na sessão. “O governo disse que traria um documento sobre este assunto e nós, primeiro, vamos apreciar este documento para vermos o que podemos fazer”, disse.