O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano vai, a partir de 2017, introduzir em Moçambique o ensino bilingue através das 16 línguas nacionais, numa medida que visa fundamentalmente auxiliar as crianças a tirar maior proveito do processo de socialização e aprendizagem.
A medida foi revelada nesta quarta-feira pela directora nacional do Ensino Primário, Antuía Soverano, que falava no Seminário de Revisão Linguística dos Planos Analíticos do Ensino Bilingue, a decorrer em Maputo e quadros do ministério a vários níveis para uma reflexão sobre a matéria.
Segundo Soverano, a aprendizagem na língua materna tem um grande impacto, na medida em que a criança se socializa na própria língua. Para a fonte, o ensino na língua materna cria uma atmosfera de maior interacção na sala de aulas, pois deixa os alunos mais a vontade, uma vez que conhecem a língua de instrução e também mais comunicativos entre eles.
No encontro, cuja abertura foi dirigida pelo vice-Ministro, Armindo Ngunga, apontou-se, por exemplo, que o país esteve nos últimos 10 anos a trabalhar num exercício piloto destinado a aperfeiçoar o ensino bilingue, tendo, por conseguinte, produzido um enorme acervo tanto do ponto de vista material bem como recursos humanos, em volumes e números não revelados.
De referir que a fase experimental foi levada a cabo a escala nacional com excepção da cidade de Maputo e permitiu tirar conclusões favoráveis à concretização do modelo de ensino através das 16 línguas nacionais seleccionada