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MISAU investe 30 milhões para precaver vírus da Ébola: Para a compra de equipamentos mas, continua refém de laboratório de referência

Devido a eclosão do vírus da Ébola, que já matou pouco mais de mil pessoas, no continente africano, em particular nos quatro países de maior incidência, o Ministério da Saúde de Moçambique investiu 30 milhões de meticais para dar resposta ao surto.

Segundo Francisco Mbofana, director nacional de saúde pública, “esta doença desde a sua existência, já matou pouco mais de mil pessoas a escala africana o que corresponde a 53 por cento de mortes de todos os casos ocorridos”.

Num encontro entre jornalistas e alguns quadros da saúde, realizado na manhã desta segunda-feira, o Ministério da Saúde garantiu que Moçambique é um país que se encontra livre do risco do surto da ébola, e que a situaçao está controlada.

As autoridades nacionais de saúde, revelaram estar a ser tomadas medidas cautelares para que o país, não seja fustigado pelo vírus. E para tal, o governo investiu cerca de 30 milhões de meticais para a compra de equipamentos adequados para o tratamento da epidemia.

Mbofana, afirmou que, as autoridades moçambicanas, tomaram medidas para o controlo de fronteiras nacionais, de modo a evitar a entrada de pessoas padecendo do vírus, no país.

A fonte não deixou de destacar que, a prevenção de ébola apresenta muitos desafios e ainda desconhece-se exactamente como as pessoas são infectadas com o vírus da ébola, por este facto são poucas as medidas de prevenção primária estabelecidas.

Por sua vez, o palestraste sobre a epidemia, Eduardo Sambo, explicou na ocasião que o vírus da Ébola, não é uma doença nova na história das doenças que já mataram no mundo e sem cura, é uma doença que foi descoberta pela primeira vez, em 1976 na África Central, em países como Sudão e República Democrática do Congo.

“Presume-se que o vírus foi encontrado pela primeira vez num morcego, e que estes apontam-se como sendo responsáveis pela epidemia, e cuja proveniência desses portadores é desconhecida, ou seja, a Organização Mundial da Saúde, desconhecem o paradeiro destes morcegos que tudo indica que sejam os portadores e disseminadores do vírus”, explicou.

A propagação da doença em determinada população tem início quando uma pessoa entra em contacto com o sangue ou fluídos corporais de um animal infectado, como os macacos ou morcegos-da-fruta.

Pensa-se que os morcegos-da-fruta sejam capazes de transportar a doença sem ser afectados. Após a infecção, a doença é transmissível de pessoa para pessoa, inclusive através do contacto com pessoas mortas em decorrência do vírus.

A prevenção é feita através de medidas que diminuem o risco de propagação da doença. Diante de uma pessoa infectada é recomendado que se lavem as mãos e que seja também usado vestuário de proteção.

Não existe tratamento específico nem cura para o vírus, a sua forma de tratamento é a prevenção. O maior surto registado até 2014 foi o surto de ébola na África Ocidental até então.