O porta-voz do presidente da Renamo, António Muchanga, foi detido no princípio da tarde desta segunda-feira (07) à saída da Presidência da República de Moçambique, instantes depois do Conselho de Estado, órgão do qual o visado é membro.
A saída do conselho de Estado, Muchanga afirmou que “o ambiente (na reunião) nunca foi bom, porque estamos numa situação de conflito. Nós (da Renamo) estamos desconfortados porque o nosso líder não pode estar em Maputo para poder cumprir com suas obrigações como outros políticos estão a fazer, então há compromisso de que vai se trabalhar nos sentido de que paz seja uma realidade. Esperamos que desta vez seja para valer porque no ano passado houve promessa e não vimos nada”
No conselho de Estado havido hoje na presidente da Republica, Muchanga foi retirado imunidade pelo Chefe de Estado, Armando Guebuza, tendo posteriormente sido detido e conduzido para o Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM), na cidade de Maputo.
Em declarações ao jornal “@Verdade” Gilberto Chirindza, do Gabinete de Imprensa da “Perdiz”, confirmou a detenção, que aconteceu dentro das instalações da Presidência da República de Moçambique, mas disse que o partido ainda não sabe que motivos estão na origem deste acto que não em nada contribui para a Paz que os moçambicanos anseiam há mais de um ano.
Muchanga tem sido acusado pelo Governo de incitar à violência e de recorrer à imprensa para o efeito, sobretudo quando anunciou o fim do cessar-fogo que no centro de Moçambique, o que ditou a retomada dos confrontos armados e ataques a viaturas civis que transitam na Estrada Nacional nº1, particularmente no troço entre Muxúnguè e o Rio Save.