Economia Clonagem de cartões: Banco de Moçambique lamenta o fenómeno

Clonagem de cartões: Banco de Moçambique lamenta o fenómeno

O Banco de Moçambique veio ontem a público reagir sobre o fenómeno de clonagem de cartões bancários que tem vindo a prejudicar vários clientes de bancos comerciais no país, sendo um dos casos reportado há dias pela imprensa onde uma cliente do Barclays Bank viu a sua conta bancária vazia quando pretendia efectuar levantamento numa caixa automática (ATM) na Matola.

O Administrador do Banco Central, Waldemar de Sousa disse que a instituição lamenta o fenómeno, mas esclareceu que não se trata de casos exclusivos do sistema financeiro moçambicano, sendo actividades fraudulentas que constituem crimes transnacionais.

Waldemar de Sousa avançou que as autoridades reguladores do sistema financeiro moçambicano, no caso o Banco Central esta em permanente articulação com os parceiros reguladores e redes internacionais visando recolha e partilha de informação neste sentido para busca conjunta de soluções.

“Nos temos vindo a destacar que o trabalho que realizamos com o sistema bancário é: primeiro ter presente instrumentos e meios adequados nos vários postos onde existem máquinas de levantamento de notas (ATM’s) em que os nossos cartões electrónicos possam funcionar. Segundo, dispositivos adequados de segurança dessse equipamento para evitar fraude e para visualizar as varias transações que os clientes do sistema bancário realizam”, explicou.

Waldemar de Sousa, Administrador do Banco de Mocambique
Waldemar de Sousa, Administrador do Banco de Mocambique

De Sousa apelou aos clientes do sistema financeiro a usarem devidamente os cartões dos bancos, o que passa necessariamente, segundo referiu , pela não cedência a terceiros de códigos pessoais e tomada de medidas cautelares quando se dirigem aos levantamentos verificando se as condições são adequadas para as operações.

“Mas para o caso em concreto (da cliente do Barclays) que foi reportado pela nossa imprensa, dos contactos estabelecidos com a instituição visada, apuramos que  já estão a se tomar medidas que são de Direito para aprofundar o que teria acontecido. Não tenho conhecimento se a pessoa em si, como foi mantida em anonimato, se teria já se aproximado a sua instituição para apresentar detalhes que são de todo importantes facultar a instituição bancária em referencia”, esclareceu.

Waldemar de Sousa teceu estas considerações a margem da conferencia de Imprensa  havida ontem para apresentação pública da “Conjuntura Económica e Perspectivas de Inflação”, evento que teve lugar nas instalações do Banco de Moçambique.