A Comissão Nacional de Eleições (CNE) garante que o adiamento do início de recenseamento eleitoral de raiz e a actualização nas 53 autarquias não vai afectar o calendário das próximas eleições gerais (presidenciais e legislativas) e das assembleias provinciais.
O processo foi adiado, na última quarta-feira – cerca de seis horas antes do arranque -, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros realizada em Maputo.
O adiamento em causa, de acordo com o executivo, resulta do “pedido expresso” pelo partido Renamo, no contexto dos consensos no diálogo em curso entre o Governo e aquela formação política, para que possa preparar a sua participação nas eleições gerais, presidenciais e legislativas e das assembleias provinciais de 2014.
João Beirão, porta-voz da CNE, confirmou ontem o adiamento do processo e referiu que aquela instituição está disposta a acomodar as exigências da Renamo para garantir eleições livres.
CNE desconhece custos do adiamento
Beirão reconhece que o adiamento de actualização do recenseamento eleitoral vai acarretar custos financeiros adicionais ao processo. Porém, afirma que a CNE ainda não contabilizou os custos, visto que o caso está ainda em avaliação. “Estamos a avaliar os prejuízos. Tudo estava preparado e assim teremos de criar alternativas de organização, considerando que parte do material já estava nos postos de recenseamento”, referiu.
