Economia Comercio Baixos preços no Zimpeto sem reflexo no consumidor

Baixos preços no Zimpeto sem reflexo no consumidor

A produção nacional vem ganhando espaço naquele mercado desde finais de Abril e início de Maio, mas é neste Junho que regista o seu pico, com o feijão verde, tomate, repolho e pimento, só para citar alguns exemplos, a serem comercializados aos grossistas a preços baixos.

A caixa de 20 quilogramas de tomate, o produto mais abundante e igualmente o mais vendido, custa agora entre 100 e 150 meticais no Mercado Grossista, a 14 quilómetros do centro da cidade.

Entretanto, nos mercados Central e do Povo, que serve o centro da capital, cada quilograma de tomate é vendido ao consumidor final a 30 meticais, o que mesmo tendo em conta os custos do transporte a partir do Zimpeto e demais encargos, acaba deixando uma margem de lucro aos retalhistas muito acima dos 20 a 25 por cento regulamentada pelo Governo nos finais de 2011.

Em Setembro de 2011, na sua 35.ª Sessão Ordinária, o Conselho de Ministros fixou em 10 a 12 por cento a margem de lucro dos vendedores grossistas e entre 20 a 25 por cento dos retalhistas de produtos básicos tais como o tomate, peixe de 2ª, frango congelado, arroz, farinha de milho, farinha de trigo, óleo alimentar, açúcar, feijão manteiga, cebola, batata e ovos.

A caixa de tomate chegou a estar entre 350 e 400 meticais no início deste ano, altura em que o Mercado Grossista do Zimpeto dependia apenas das importações da África do Sul, cenário que se reverteu, com o aumento de produtos provenientes de Chókwè, em Gaza, e Moamba, em Maputo, de acordo com fonte competente.

Moisés Covane, administrador daquele mercado que abastece não só as cidades de Maputo e Matola, mas também outros pontos do país, disse ao nosso Jornal que actualmente entram diariamente entre 60 a 80 camiões carregadas de tomate, não havendo ainda registo de perdas, ou seja, o produto é prontamente vendido.

A batata, que oscila entre 180 e 220 meticais o saco de 10 quilogramas, e a cebola, a variar de 140 a 280 MT, são os únicos produtos vendidos ainda a preços altos, o que Covane justifica com o facto de se continuar a depender de importações da África do Sul.

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