Economia Comercio Mercado Grossista do Zimpeto: Frigoríficos sem produtos para conservar

Mercado Grossista do Zimpeto: Frigoríficos sem produtos para conservar

Quatro meses após a cerimónia de inauguração presidida pelo Primeiro-Ministro, Alberto Vaquina, os aparelhos ainda não foram usados, não se sabendo ao certo quando é que começarão a justificar a sua instalação naquele mercado grossista, o principal da cidade de Maputo e arredores.

Moisés Covane, administrador daquele mercado, que há dias justificou a não utilização com a falta de produtos, disse a nossa fonte que os vendedores recorreram ao sistema de frio durante apenas duas semanas em Janeiro, altura em que inúmeras quantidades de tomate, batata e cebola se deterioraram por baixa procura.

“Só teremos o sistema a funcionar quando houver excessos de produtos aqui no mercado”, disse Covane, acrescentando não saber exactamente quando é que isso vai ocorrer, embora acredite que a situação voltará a registar-se.

Mercado Grossista do Zimpeto: Frigoríficos sem produtos para conservar

Na semana da Páscoa, o Mercado Grossista de Zimpeto registava uma grande crise de produtos frescos devido a falta de produção nacional e as mini-férias da decretadas na África do Sul, actual principal fonte.
A situação normalizou-se nas ultimas duas semanas, uma vez que os importadores começaram a chegar ao Zimpeto com mercadorias vindas daquele país.

Entretanto, no mês Janeiro a nossa reportagem apurou que quase nenhum comerciante estava a conservar os produtos frescos nas duas câmaras frigoríficas instaladas por receio de perdas muito acima das que ocorriam na altura. Naquele período, cerca de cinco a 10 toneladas de tomate desperdiçavam-se diariamente no Zimpeto por fraca afluência de compradores.

Ao que apuramos, o facto de os vendedores terem de transportar manualmente as centenas de caixas de tomate e sacos de tomate, cebola dos camiões para os frigoríficos no final de cada jornada e fazer movimento inverso na manhã seguinte é outro constrangimento na utilização daquelas unidades.

Embora não estejam a ser explorados, o Conselho Municipal de Maputo lançou recentemente um concurso público visando seleccionar uma entidade que possa gerir aquelas infra-estruturas, na tentativa, de acordo com Moisés Covane, de garantir-lhas uma devida manutenção.

Jornal Noticias