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Falando ontem, em Sidney, a capital australiana, num briefing com empresários moçambicanos, que o acompanham nesta sua visita de Estado, Guebuza revelou que durante as sanções que Moçambique foi obrigado a impor contra o regime rodesiano de Ian Smith, pouco depois da independência nacional, o nosso país recebeu quase de todo o mundo promessas de apoio para reduzir o impacto negativo da medida que iria representar um pesado fardo económico e, nessa altura, quem apareceu foi a Austrália.
Sem revelar números, o Chefe do Estado deixou implícito que o Governo australiano libertou fundos de ajuda numa altura difícil em que o nosso país tanto precisava.
“Recebemos muitos discursos e promessas de apoio sobre a decisão que acabávamos de tomar, mas, efectivamente, quem na verdade apareceu foi a Austrália”, sublinhou o Presidente, lembrando em seguida que já no decurso da luta armada de libertação nacional, os australianos se haviam revelado como bons e fortes amigos de Moçambique.
O Presidente da República anunciou igualmente o envolvimento pessoal nas causas nacionais da actual Governadora-Geral da Austrália, Quentin Bryce, cometimento que em relação a Moçambique, segundo disse, ela desenvolve desde os anos da sua juventude.
O estadista, recuando no tempo e no espaço, recordou que foi na base deste relacionamento de cooperação cada vez mais crescente que a governante australiana se deslocou a Moçambique em 2009, ocasião em que para além de passar em revista a situação da cooperação bilateral, serviu para a ilustre visitante convidar Armando Guebuza a visitar a Austrália, deslocação que se efectiva agora.
Do cometimento da Austrália a favor de Moçambique, Guebuza apontou ainda que os dois países são hoje membros da Commonwealth e que apesar da longa distância geográfica que separa um do outro, dos diferentes valores sociais e culturais, as duas nações tinham provado que era possível viver em harmonia.
Destacou depois as crescentes relações de cooperação a vários níveis, com particular enfoque para as áreas da Saúde, Educação, agricultura e combate às calamidades naturais, sectores de actividades social sobre as quais a Austrália possui uma larga experiência.
“Como sabem, eles estão hoje no nosso pais a ajudarem na exploração de carvão na base dessa amizade de há anos. Cabe a nós, moçambicanos, tirarmos os melhores ensinamentos dessa amizade”, disse Guebuza, ao mesmo tempo que instruía os membros da delegação empresarial nacional a tornarem-se naquilo a que chamou de verdadeiros “embaixadores informais” de Moçambique junto da Austrália, difundido com dignidade e responsabilidade a boa imagem do país e simultaneamente retribuindo os valores de uma amizade que temos vindo a receber.
Ainda ontem, o Presidente da República deslocou-se à região de Mackay onde se apercebeu do funcionamento de uma das maiores terminais de carvão do mundo, a terceira, numa altura em que um dos maiores “calcanhares de Aquiles” no país é precisamente o escoamento das toneladas de carvão explorado em Tete. Na mesma ocasião, visitou a estação ferroviária de Jilalan e o respectivo complexo ferroviário.