Segundo conta a sobrinha, Nareia Paulo Comé, o coronel Comé ao desembarcar no aeroporto internacional de Maputo terá pedido ao seu primo que o esperava naquele local para o acompanhar até à casa do irmão, algures no bairro de Boquiço, no município da Matola. Não tendo encontrado o irmão, o finado pediu à cunhada que fizesse uma oração, após o que se despediu.
“Já na segunda-feira, ele foi à casa da minha tia (irmã dele) a quem disse que tudo havia acabado, fazendo crer que estivesse a se referir ao fim do curso que frequentava na China. Depois soubemos que levou a esposa e o enteado, Dormen Matimbe, com quem vivia até à Base Aérea”, narra a sobrinha do coronel.
Chegado à base aérea, manteve a mulher e o filho na viatura que ele próprio conduzia e se dirigiu ao seu gabinete, alegadamente para se apresentar aos colegas. Tal como conta Nareia, instantes depois o coronel saiu do gabinete e arrancou a arma, cujo calibre não foi especificado, a um dos três sargentos que ali se encontravam.
“Após arrancar a arma, dizem que disparou dois tiros para o ar, depois contra a esposa, o enteado e no fim suicidou-se com a mesma arma. Todos perderam a vida ali mesmo. Até agora buscamos causas claras sobre o que de facto terá acontecido para que o tio tomasse aquela decisão e não encontramos respostas”, lamentou.
Ruben Come deixa seis filhos, fruto do anterior casamento e o jovem baleado deixa esposa de 20 anos de idade.