Economia Comercio Estado aliena 2844 antigas lojas abandonadas nas zonas rurais

Estado aliena 2844 antigas lojas abandonadas nas zonas rurais

Estado aliena 2844 antigas lojas abandonadas nas zonas rurais

De 2008 a 2012, 2844 estabelecimentos comerciais que tinham sido abandonados pelos seus donos durante a guerra pela Independência de Moçambique e ao longo do último conflito armado opondo a Frelimo à antiga guerrilha da Renamo foram vendidos pelo Estado a operadores privados baseados nas zonas rurais.

Na altura, estavam arroladas como abandonadas 3866 lojas rurais, restando agora 1022 em condições para a venda e 1395 sem situação definida, segundo Gabriel Muianga, director nacional do Comércio, falando esta segunda-feira, em Maputo, durante a discussão da proposta da estratégia integrada da comercialização agrícola 2013/2020.

A alienação daquelas infraestruturas visa revitalizar a actividade comercial nas zonas rurais e facilitar o acesso de produtores ao mercado de comercialização, de acordo ainda com Muianga, acrescentando que o processo de licenciamento de operadores para ocupação das lojas abandonadas e em escombros continua em todo o país.

Acesso ao financiamento

A venda destes estabelecimentos tem em vista facilitar o acesso aos mercados por camponeses, tendo até ao momento sido construídos 17 novos centros de armazenamento da produção agrícola e carga visando reduzir o custo e tempo de espera para a comercialização agrícola nas províncias de Nampula, Tete e Manica.

Estas regiões são tidas como as que mais problemas enfrentam na colocação dos produtos de camponeses no mercado e a medida está a ser tomada depois de se constatar a existência de “poucos serviços de apoio à comercialização”, salientou Muianga.

Mais adiante, o director nacional do Comércio lamentou a prática de elevadas taxas de juro no financiamento das campanhas de comercialização agrícola, situação que apontou como estando a dificultar o acesso aos fundos destinados a esta operação.

O encontro foi orientado pelo vice-ministro da Indústria e Comércio, Kenneth Marizane, e contou com a apresença de quadros de diferentes instituições governamentais e da sociedade civil moçambicana.