As Alfândegas de Moçambique apreenderam, ontem, 130 pontas de marfim avaliadas em 36 mil dólares americanos, ou melhor, um pouco mais de um milhão de meticais.
As mesmas encontravam-se na mala de um cidadão norte-coreano, de nome Yong Kim, surpreendido no Aeroporto Internacional de Mavalane, em Maputo, a tentar embarcar para o seu país de origem.
O infractor tinha conseguido passar por vários cercos de segurança no Aeroporto e até tinha já feito o check in. Porém, já na sala de espera, foi interpelado por agentes das Alfândegas e, logo, foram desvendados os produtos que levava na mala.
O norte-coreano disfarçava esta quantidade de marfim em sacos plásticos, cuja exportação ilegal lesava o Estado em um pouco mais de um milhão de meticais.
Esta quantidade de marfim denota que foram abatidos mais de 60 elefantes nas matas e reservas do país.
Caso o infractor não comprove a autorização do Ministério da Agricultura para movimentar o marfim, o mesmo será confiscado e revertido a favor do Estado.
As rotas do tráfico
Esta não é a primeira vez que as Alfândegas apreendem marfim, dentes ou chifres de animais moçambicanos com alto valor comercial.
Os mesmos são, habitualmente, traficados para países asiáticos como a Tailândia, China, Coreia do Norte e Filipinas.
Em Setembro deste ano, por exemplo, seis cornos de rinoceronte foram encontrados pelas autoridades das Filipinas escondidos entre um carregamento de caju provenientes de Moçambique.
Investigações levadas a cabo pelo “O País” mostraram que vários guardas-fronteiras encontram-se envolvidos nos esquemas de abate de elefantes, uma situação que foi corroborada pelos moradores e autoridades tradicionais da Ponta d’Ouro, na província de Maputo.