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Maria Moreno escreve à Verónica Macamo a pedir imparcialidade na Comissão de Petições

Maria Moreno escreve à Verónica Macamo a pedir imparcialidade na Comissão de Petições

A usurpação do património da família Moreno, na cidade de Cuamba, província de Niassa ainda vai fazer correr muita tinta. Depois de a Comissão de Petições da Assembleia da República ter reagido a uma carta da família, alegando que mais factos devem ser apurados da situação para a comissão parlamentar tomar uma decisão, Maria Moreno, em representação da sua família, voltou à carga, escrevendo a presidente do Parlamento, Verónica Macamo a pedir imparcialidade no trabalho da comissão.

A 9 de Agosto do corrente ano, Maria Moreno, escreveu uma carta a Presidente da Assembleia da República. O Canalmoz teve acesso à cópia da carta da família Moreno que seguiu ao Gabinete de Trabalho da Presidente da AR. “Venho encarecidamente solicitar que a Comissão de Petições paute pela imparcialidade, fazendo uso de informações fidedignas e feitas de boa-fé, para que o peticionário e sua família não engrossem as fileiras dos muitos injustiçados pelo Estado e por governantes que usam artifícios para ocuparem e usufruírem de bens cujos donos reclamam e esperam por Justiça”.

Mais adiante, Maria Moreno diz que “qualquer avaliação relativa ao período que decorreu entre a Independência e a assinatura do AGP, deve levar em conta as práticas totalitárias da época que mescladas com muito cinismo conduziam famílias inteiras para um exílio forçado, como  foi o caso da saída de meus pais, em 1978, após informação de que suas vidas corriam perigo”.

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Entretanto refere Maria Moreno que o facto muito curioso, é que “todas as propriedades da família foram ocupadas 48 horas depois da saída de meus pais de Cuamba”.

“Na altura foram mortos os cães que viviam na residência de meus pais e detidos alguns de seus trabalhadores que, sem saberem de nada, foram torturados durante dias a fio” – lê-se na missiva da família Moreno, rubricada por Maria Moreno em representação da família.

Para além dos três imóveis que actualmente estão sendo ocupados pelo partido Frelimo em Cuamba, que os vem dando por arrendamento em que a receita reverte para o partido e não ao Estado, a família Moreno, diz que perdeu, sob usurpação, muito património na província de Niassa quando os pais se viram obrigados zarpar do país por alegada falta de segurança de pessoas e bens.